sábado, 10 de junho de 2017

Enfermeiras brasileiras criam cartilha sobre cuidados em caso de engasgo de bebês

A publicação foi lançada pela USP e é destinada a todas as pessoas que tenham contato com crianças de até um ano para que saibam como proceder, caso seja necessário agir
Um engasgo ocorre quando a traqueia é bloqueada por algum tipo de líquido, alimento ou objeto. Em qualquer idade, apresenta riscos de vida, por provocar asfixia e sufocamento. Em bebês, a sufocação ou obstrução das vias aéreas é a primeira causa de morte acidental de bebês até um ano de idade. Os últimos dados disponíveis do Ministério da Saúde registraram, em 2013, 825 crianças de até 14 anos mortas vítimas de sufocação. Desse total, 606 tinham menos de um ano de idade. “Durante a fase oral do desenvolvimento infantil na qual o bebê tem o hábito de levar tudo à boca, o engasgo pode ocorrer facilmente”, diz a enfermeira e autora da cartilha Fernanda dos Santos Nogueira de Góes, da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo, em Ribeirão Preto.
Em entrevista exclusiva ao Portal IBSP, Fernanda Góes conta o que levou à criação da cartilha e alerta quais são as boas práticas para evitar que engasgos em crianças com menos de um ano venha a ocorrer.
Clique aqui para fazer o download.
IBSP – Qual o objetivo de criar uma cartilha sobre como lidar com os engasgos em casa de bebês de até um ano?

Fernanda dos Santos Nogueira de Góes – Percebemos que havia uma lacuna de informação para os familiares e cuidadores de bebês de até um ano, assim como nos deparamos sempre com notícias na mídia de situações de engasgo. Por isso, propusemos a cartilha.
IBSP – A primeira recomendação é ligar para um serviço de resgate (Bombeiros ou SAMU). Isso eleva a segurança do procedimento de socorro?

Fernanda – O serviço de resgate é preparado para atender situações desse tipo, por isso deve ser sempre acionado. A cartilha não foi elaborada com a proposta de se sobrepor ou de diminuir a importância dos serviços de resgate. A ideia é permitir que os familiares e cuidadores tivessem informação de como agir caso não haja acesso aos serviços de resgate ou emergência, ou mesmo se o serviço demorar. Não queremos disseminar a ideia de substituir o serviço de resgate ou emergência, pois eles são fundamentais nessas situações.
IBSP – A cartilha é bem ilustrativa. O objetivo é facilitar a correta aplicação das manobras em uma situação de emergência?

Fernanda – As ilustrações da cartilha foram desenvolvidas a partir de recomendações de saúde com o objetivo de que o leitor possa compreender o que esta sendo dito. Para que as manobras sejam eficientes, elas devem ser realizadas corretamente e a ilustração pode favorecer a compreensão.
IBSP – Quais as dicas para evitar engasgos de bebês?

Fernanda – Durante a fase oral do desenvolvimento infantil na qual o bebê tem o hábito de levar tudo à boca, o engasgo pode ocorrer facilmente. Não estou falando apenas do engasgo devido ao aleitamento materno, mas outros tipos de alimentos, pequenas peças de brinquedos e qualquer tipo de material que chame atenção do bebê. Ele tende a levar tudo à boca.
A principal recomendação é: fique atento sempre! Após amamentar, coloque o bebê para arrotar. Caso isso não ocorra, posicione-o deitado do lado direito para evitar regurgitação. Também é fundamental a pequenos objetos que possam estar em contato com o bebê. Além disso, seguir as recomendações da equipe de saúde quanto aos tipos de alimentos a serem ofertados ao bebê, inclusive sobre a consistência, é de suma importância para a segurança dos bebês.
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